Porém, mais do que um objeto simplesmente decorativo, o arquiteto Paulo César Lourenço salienta que a arquitetura vai além da arte e materializa os espaços. "É preciso habilidade na elaboração dos espaços, inclusive no uso de espelhos", diz.
O uso de espelhos em banheiros e quartos são exemplos do espelho utilizado em sua função de refletir imagens. "Eu lembro que antigamente, os carros subiam a Rua Espírito Santo. E o cruzamento com a Santo Antônio era perigoso. Eles colocaram um espelho convexo para que os motoristas na Espírito Santo vissem os carros na Santo Antônio. Isso é um aspecto funcional, aliado à forma".
A forma pode definir as sensações e qualidade de um espaço. Lourenço fala sobre a Sala dos Espelhos, do Palácio de Versailles, e o Jardim dos Espelhos - espelhos d'água - no Parque de la Villette, ambos em Paris. "São arquiteturas paradigmáticas, em que os visitantes ficam cercados por espelhos, utilizados de uma forma quase lúdica e irônica".
E por falar em espelhos d'água, os parques e palácios utilizam bem este recurso. Brasília, por exemplo, aliou a beleza do reflexo a necessidade de um ambiente úmido. O fundo deste espelhos naturais, normalmente, são escuros para refletirem melhor a paisagem.
A técnica é o terceiro ponto a ser analisado em um projeto arquitetônico. No comércio, os argumentos técnicos prevalecem, porque o uso do espelho é uma forma de mostrar ao cliente os produtos, por vários ângulos, ao mesmo tempo. "As lojas de jóias, que possuem produtos pequenos, usam o espelho a seu favor", diz. Em shoppings, deve-se tomar cuidado com a quantidade de espelhos, para não causar multiplicidade de sensações.
Espelho à direita da foto
Nas paredes da loja
Mal uso do vidro
Lourenço enfatiza a importância de saber o tipo de projeto e o que pretende-se com ele. Uma sala de reunião com um grande espelho não vai funcionar bem, porque pode deixar a pessoa constrangida ao ficar de frente para si mesma o tempo inteiro. Se alguém resolver usar a técnica de ampliação ambiente em um lavabo também não será uma boa idéia, porque existirá a sensação de estar sendo vigiada. Um cuidado especial em projetos de lojas comerciais são as vitrines, já que a exposição dos produtos é primordial. A iluminação interna e externa inadequada pode transformar o vidro da vitrine em espelho e esconder o produto. A colocação inclinada de um vidro também pode causar o mesmo efeito de espelho. Quando isso acontece, ou muda-se a iluminação ou coloca-se o vidro novamente.
A moda também já aderiu muito o espelho ao seu dia-a-dia. Algo arriscado, porque os estilos saem de moda, mas a arquitetura fica, como a aplicação em laterais de escadas rolantes e em fachadas de prédios.
Fonte: www.acessa.com
Espelho
"A decoração tem que servir ao homem. Antes era uma preocupação estética, hoje ela pode ser definida como a busca de soluções para o conforto", explica Alexandra Nicolini, arquiteta e integrante do núcleo de projetos da fábrica de móveis S.C.A.Para o designer de interiores e coordenador de ambientação da Etna, Léo Dutra, a grande vantagem da decoração é que ela, muitas vezes, evita uma reforma. "Se você trocar o tapete, as almofadas ou a cor de uma parede já provoca uma grande mudança no ambiente sem precisar gastar muito", afirma.
E para aqueles que não podem colocar os serviços de um decorador no orçamento, basta seguir alguns conselhos.
"Os móveis têm que ser funcionais, fáceis de limpar e feitos com materiais resistentes", indica Alexandra, "principalmente para quem tem crianças pequenas em casa".
Léo Dutra também aposta muito na funcionalidade dos objetos. "É preciso pensar na metragem do produto com relação ao espaço, a circulação que ele vai permitir no ambiente e sua função", explica. "Não adianta ter um sofá grande se ele vai bloquear a passagem", completa.
O designer indica os móveis com funções duplas. "Uma mesa de canto pode ser o lugar ideal para guardar um puff embaixo", exemplifica.
Quadros e espelhos
"Os quadros têm que completar e não interferir no ambiente", diz a arquiteta. Segundo Alexandra, uma dica para evitar erros é optar pelas peças de cores neutras.De acordo com o designer da Etna, os quadros se destacam na decoração, por isso é preciso saber dosá-los no momento da decoração. O profissional destaca alguns erros mais comuns.
O quadro ou espelho maior que a peça que fica abaixo dele é um dos mais freqüentes, segundo Léo. A peça em uma altura desproporcional é outro erro. "Uma pessoa nem consegue se ver no espelho porque ele está baixo ou alto demais. No caso de um quadro, nem é possível observá-lo".
Para os espelhos, deve-se ter o cuidado especial de não colocá-los na parede à frente da TV. "Cria-se um jogo de reflexos horrível", define o designer.
Plantas e arranjos
Para a arquiteta Alexandra Nicolini, flores e plantas artificiais devem ser evitadas. Uma sugestão da profissional é utilizar romãs e alcachofras, que mantém suas características por mais tempo.Já Léo Dutra acredita que as flores e frutas artificiais são opções viáveis para quem não fica muito tempo em casa. "Mas tem que ser ponderado. Mesclar arranjos artificiais com folhagens verdadeiras é uma dica", diz.
Fonte: noticias.terra.com.br
Espelho
Espelhos dão toque ‘mágico’ à decoração
Os espelhos são, em si mesmos, objetos mágicos por uma vocação que emerge de sua própria natureza física. Espelhos refletem luz! E a luz tem dimensões e significados. O espelho que fala, desperta na rainha de vaidade maldosa primeiro a inveja, depois o desejo de vingança contra a bela Branca.É transpondo o espelho, portal entre dois mundos, que Alice vai conhecer um estranho país das maravilhas. A perdição de Narciso foi um espelho d’água. A curiosa fascinação causada pela reflexão da imagem seduziu os povos desde a mais remota Antigüidade.
Egípcios, gregos e romanos confeccionaram espelhos de latão, prata e zinco. Na Itália medieval, as damas já usavam, presos aos cintos, pequenos espelhos redondos, em geral feitos em ouro ou prata. Foi no século 12 que artífices venezianos começaram a produzir espelhos em vidro revestidos com uma fina camada de mercúrio e estanho. Em 1833 o revestimento passou a ser feito em prata, tal como conhecemos hoje.
Na decoração atual use e abuse, sabendo dosar, é claro. No design residencial tem seu espaço em praticamente todos os ambientes, desenvolvendo funções essenciais em alguns e estética em outros. Como material de revestimento, compondo com as mais diversas texturas que se contrapõem com seu aspecto límpido e brilhante. Utilizamos acabamento de borda liso ou bisotè, emoldurados ou não.
No hall de entrada, aliado do Feng Shui, pode nos servir para aquela última olhadinha antes de sair. Para quem entra, a recepção é agradável refletindo os movimentos da chegada.
No estar, ampliando ambientes, refletindo cantos especiais, buscando o exterior e trazendo o paisagismo.
Nos dormitórios, fundamental para nosso trato pessoal e algumas vezes estimulando encontros secretos.
Nos closets, imprescindíveis, idem aos banheiros para os quais, tecnologicamente desenvolvidos, existem os espelhos antiembaçantes.
Os espelhos devem ser sempre de boa qualidade de reflexão e estar associados a uma iluminação adequada.
Nas instalações comerciais está bastante associado ao marketing de vendas: podemos citar as joalherias, perfumarias, óticas, lojas de vestuário e calçados auxiliando o cliente na compra. Nas academias, corrigindo posturas, incentivando movimentos.
Tecnologicamente desenvolvidos, temos os espelhos antiembaçantes para banheiros e associados à informática em uma loja da Griff Prada em Paris simula looks sem que a cliente efetivamente prove a roupa.
Criados no final de século 12, em Veneza, os espelhos sempre foram considerados verdadeiras jóias. Unindo suas formas a belíssimas molduras conquistaram seu devido lugar no mundo da decoração e nos anos 30 eram sinônimo da luxuosa Art Décor.
Atualmente, com a tendência e valorização da "volta ao passado", eles estão aí novamente.
Recentemente, no Hotel Sanderson, em Londres, Philippe Stark faz dos espelhos venezianos o destaque do projeto. Presente em quase todos os ambientes, eles emolduram o bar, a loja de souvenirs e os elevadores de interiores surreais, projetando imagens tridimensionais (vale a pena conferir).
Bartira Mendes é arquiteta e professora do curso de design de interiores do Senac Piracicaba.
Fonte: www.jpjornal.com.br
Espelho
O espelho quanto mais liso, melhor. Deixa o ambiente com uma aparência "clean".Espelhos antigos são sempre lindos. Se tiver um na sala, por exemplo, você pode coordenar com alguns objetos antigos na decoração. Esse tipo de espelho pode ser usado em quase toda a casa, mas na sala ficará mais em destaque. Uma boa idéia também para quem só quer usá-los como enfeite e, não para ampliar um ambiente, é pendurá-los como quadrinhos nas paredes. É só colocar uma moldura neles que esteja de acordo com os móveis do seu ambiente.
Se colocados na porta de um armário, num quarto pequeno, ele terá a função de ampliar o ambiente e ainda servirá para você e sua família, poderem se arrumar diante dele.
Um espelho no hall de entrada do seu apartamento, além de ser decorativo, vai ser útil a quem vem visitá-la, para dar um retoque no visual antes que você atenda a porta.As suas visitas vão gostar da idéia e vão elogiar!
No fundo de uma prateleira que contenha objetos decorativos bonitos, ou garrafas de bebidas trabalhadas, como as de licor. Nesse caso, vão ter a função de duplicar esses objetos. A forma mais usada para esse tipo de decoração com espelhos, é geralmente com aqueles gostosos barzinhos que podem ser montados na sua sala, para relaxar depois do trabalho, ou para convidar os amigos para um papinho descontraído.
Errando
Nunca use um espelho fumê em sua casa. Ele escurece o ambiente, deixando-lhe pesado e triste. Dê preferência aos de cristais.Mesas e móveis com espelhos são desconfortáveis, perigosos e de mau gosto. E isso vale inclusive para bandejas, porta copos, etc. Lembre-se: o espelho é para refletir imagens ou ampliar os ambientes.
Espelho no teto jamais! Não vai querer que a sua casa fique parecida com um lugar comercial ou parecendo um Motel. Não adote nunca essa idéia.
Esqueça ainda, os espelhos recortadinhos. Eles confundem a vista e, dependendo de onde refletem, acabarão por distorcer o ambiente. Só os use para pequenos objetos na decoração, como: pirâmedes, elefantinhos, corujas, molduras de porta retratos, etc.
Se espelho quebrado dá azar? Ninguém sabe se isso é verdadeiro, mas... se o seu quebrar, jogue-o fora, pois sempre causa má impressão!!!
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